Livro
Autor: Jim Collins
Edição: 2011
Páginas: 197
Editor: SmartBook
Perante o panorama desolador da queda das grandes empresas, Jim Collins começou a pensar: Mas, afinal, como caem as grandes empresas? O declínio pode ser detetado na sua fase inicial e ser evitado? Quais as circunstâncias que indicam que o estado de uma empresa chegou a um tal ponto em que a ruína se tornou um destino inevitável e inabalável? Como podem as empresas inverter a situação?
Fase 1: O Excesso de Confiança Resultante do Êxito
Fase 2: A Procura Desenfreada por Mais
Fase 3: A Refutação de Riscos e Perigos
Fase 4: A Terrível Luta Pela Salvação
Fase 5: A Entrega à Insignificância ou à Morte
Se todos os empresários compreenderem as cinco fases do ciclo do declínio, as hipóteses de as empresas virem a bater no fundo diminuem substancialmente.
As grandes empresas podem ter um deslize, dos grandes, e recuperar.
Todas as instituições, por muito grandes que sejam, são susceptíveis de entrar em declínio. Não há lei da Natureza que diga que os mais fortes ficam sempre no topo. Qualquer pessoa pode cair e, eventualmente, a maioria cai. Contudo, e como a investigação de Collins salienta, há empresas que recuperam - em alguns casos voltam mais fortes do que nunca - até mesmo depois de mergulharem nas profundezas da fase 4.
O declínio é, afinal, auto-infligido, e a recuperação encontra-se, basicamente, nas nossas mãos. Nós não somos vítimas das nossas próprias circunstâncias, da nossa história ou, até mesmo, das derrotas desconcertantes que vamos sofrendo pelo caminho. Enquanto não formos totalmente colocados de parte, a esperança nunca morre. Os grandes podem cair, mas também se podem voltar a erguer.
Jim Collins é um estudioso do comportamento de grandes empresas, formador de líderes empresariais, orador e autor de vários artigos e livros sobre gestão. Foi professor na Universidade de Stanford, onde obteve o prémio Distinguished Teaching Award e trabalha, actualmente, no laboratório que criou, em Boulder, Colorado, onde se dedica a pesquisar e a estudar empresas. O seu livro Built to Last, um clássico de gestão que já vendeu milhares de exemplares em todo o mundo, resulta de uma investigação, de mais de uma década, sobre a longevidade de algumas empresas.
Será possível aplicar uma medicina preventiva nas empresas, de modo a evitar que possam entrar em declínio, quase como adotar hábitos ditos capazes de reduzir a probabilidade de sofrer de uma doença potencialmente fatal?
Jim Collins, autor do conhecido “De bom a excelente” (Good To Great), acredita que sim e que, como na doença, numa primeira fase o potencial declínio da empresa é difícil de detetar e fácil de curar, mas que numa segunda já será fácil de detetar mas difícil de curar.
É com base nessa crença que escreveu este “Como as Grandes Empresas Caem” e a partir da pergunta que um CEO de uma empresa líder mundial lhe colocou: “Quando se está no topo do mundo, quando se é a nação mais poderosa do mundo, quando se é o melhor naquilo que se faz, o próprio poder e o próprio êxito podem encobrir o facto de já se estar a caminhar para o declínio. Como é que poderemos sabê-lo?”
Collins e a sua equipa debruçaram-se sobre dados de 6 mil anos de história empresarial combinados, entre os quais registos financeiros de 70 anos, para chegarem às 5 fases do declínio que aqui apresentam, e que nos fornecem uma perspetiva científica fundamentada sobre como o declínio pode acontecer, mesmo aos aparentemente invencíveis, e como reduzir as hipóteses de tal acontecer.
Como diz o autor, “As grandes empresas podem ter um deslize, dos grandes, e recuperar. Embora não seja possível voltar atrás depois de a empresa chegar à fase 5, é possível mergulhar nas profundezas da fase 4 e, ainda assim, conseguir sair.”
“As nossas pesquisas indicam que o declínio organizacional é sobejamente autoinfligido e que a recuperação está, sobretudo, nas nossas mãos.”, diz Collins.
Para que lhe seja mais fácil “diagnosticar” o estado do avanço da potencial “patologia” de que a sua organização padece, no final de cada fase, Collins apresenta um resumo dos indicadores que a caraterizam, acompanhados por uma breve descrição dos “sintomas”.
Um pequeno livro que, estou certa, ajudará a “diagnosticar” muitas organizações e a começar a agir a favor da cura, com a clareza de pensamento a que Collins já nos habituou.
Fátima Rodrigues