Assim, em cerca de 10 a 15 anos, deu-se uma revolução tecnológica que permitiu que hoje comuniquemos tão facilmente à distância que é possível manter uma relação pessoal, e até profissional, com pessoas que nunca conhecemos pessoalmente.
Hoje em dia é mesmo possível conhecermos melhor uma pessoa através da sua presença na rede do que quando nascemos e vivemos sempre na mesma localidade.
As equipas virtuais são um realidade nos dias que correm, e o Talent as a Service (TaaS) parece estar para ficar. Megan M. Biro referiu recentemente que está hoje generalizada “a possibilidade de recrutar, individualmente ou empresarialmente, talentos a título individual ou grupos de talentos para um qualquer objetivo, em qualquer momento ou regularidade”.
Andersen lidera uma equipa quase totalmente virtual há cerca de 23 anos e partilha a sua experiência. Esta diz-nos que concorda com Megan M. Biro e que a sua equipa comunica largamente por telefone, email, sms e Skype, mas que entende que, apesar de todo este avanço tecnológico, para realmente ter uma equipa no real conceito da palavra continua a ser necessário passar algum tempo na presença física uns dos outros.
Embora “as pessoas tendam a ser mais autênticas, mais imparciais e mostrarem mais de si quando não estão cara-a-cara”, em termos de relacionamento e criação de laços entre a equipa continua a ser muitíssimo importante existir algum contacto e interação física.
Andersen partilha quatro aspetos que, na sua experiência, fazem a diferença e permitem potenciar a afinidade, criatividade e confiança quando se explora o mundo da TaaS:
- Encontrem-se regulamente enquanto equipa num todo
Andersen aconselha a reunirem-se pelo menos uma vez por ano, embora pense que deverá ser pelo menos duas vezes, e poderem experienciar a equipa como um todo.
- Reúna grupos mais pequenos com mais frequência
Andersen refere que, pela sua experiência, notou que “juntá-los em grupos mais pequenos para fazerem um trabalho importante gerava um sentimento de equipa ao nível de toda a equipa, como se toda a equipa assimilasse a energia gerada no pequeno grupo” que se tinha reunido.
- Aproveite quando estão no mesmo local
Andersen partilha que, sempre que ela o seu partner se encontram na mesma localidade fazem um esforço por se reunir e passarem algum tempo juntos. Também sempre que os seus consultores estão em Nova Iorque passam pelo escritório e convivem entre si depois do expediente. Como nos diz, "Todos estes pequenos momentos de contacto [presencial] criam uma rede de relacionamentos que nos aproximam ao longo do tempo em que não estamos juntos”.
- Use a forma de comunicação à distância que lhe ofereça maior interatividade
Andersen refere que pensa que o telefone é muito mais interativo que um email ou um sms, mas que o Skype ou as videoconferências são-nos mais que o telefone e que, como é óbvio, a interação cara-a-cara ainda mais que o Skype ou as videoconferências. Esta destaca este cuidade principalmente quando o que há para conversar envolve uma componente emocional. Assim, recomenda que, de modo a potenciar a interação, se recorra mais ao telefone, à videoconferência e ao frente a frente, de forma a criar oportunidades para construir e desenvolver a equipa.
Fonte: Forbes
Erika Andersen é fundadora e líder da Proteus International. Conta com diversas obras publicadas, como Growing Great Employees: Turning Ordinary People into Extraordinary Performers
, Being Strategic: Plan for Success; Out-think Your Competitors; Stay Ahead of Change
e Leading So People Will Follow.