Pelos cargos que ocupam, os líderes das grandes companhias têm a oportunidade de contribuir para as comunidades em que estão inseridos ou até mesmo de ajudar quem está ainda mais próximo – os colaboradores.
Em 2015 Mark Zuckerberg prometeu doar 99% das ações que detém no Facebook – anúncio que obteve muita atenção positiva. Que outro tipo de medidas admiráveis levaram a cabo os líderes em 2015? Seguem-se decisões de negócios impressionantes que fizeram o mundo sorrir, reunidas pela revista Business.com.
Fechar as lojas durante a Black Friday
“Uma decisão que realmente admirei em 2015 foi quando Jerry Stritzke, o CEO da REI - Recreational Equipment, Inc. decidiu fechar os pontos de venda na Black Friday e incentivou os clientes a irem para o exterior, em vez de participarem no circo de retalho” em que se tornou aquele dia, diz à Business.com Jerry Rackley, analista-chefe na canadiana Demand Metric Research Corporation. E acrescenta que foi uma grande decisão, porque foi coerente com a identidade da empresa e da marca: conseguir que as pessoas aproveitem as atividades outdoors, além de que a REI obteve muita publicidade. Stritzke pagou ainda a sexta-feira aos funcionários. Jerry Rackley tem a “certeza de que ele atraiu novos consumidores e clientes que querem fazer negócios com uma empresa cujos valores são expressos desta forma”.
Comprometer-se a ajudar os refugiados
Hamdi Ulukaya, CEO da produtora de iogurtes americana Chobani (dona dos iogurtes gregos mais populares nos EUA) criou uma fundação para apoiar os refugiados após ter visitado a Grécia para ver em que condições estavam as pessoas fugidas da Síria. O empresário americano de origem curda está ainda a incentivar outros CEO a contratar refugiados, por considerar que não são um fardo mas sim uma oportunidade para as empresas e sociedades que os acolhem. Além da promessa de ajudar os refugiados, Ulukaya também assumiu um compromisso com a campanha The Giving Pledge, criada por Warren Buffett e Bill Gates, e que solicita aos bilionários que doem mais de metade das suas fortunas.
Salário mínimo de 70 mil dólares
“O CEO da Gravity Payments, que aumentou o salário mínimo na companhia para 70 mil dólares/ano (a média nos EUA é de 37.440), destacou-se em 2015”, diz Adam G. Dailey, fundador da Beer Marketing. E adianta à Business.com que o responsável “fez uma declaração sobre o tipo de empresa que quer ter. Mas, ainda mais importante, foi uma jogada de relações públicas brilhante. Ele colocou-se no mapa. Teve tanta atenção dos media que foi uma loucura! Uma campanha paga teria custado dezenas de milhões de dólares!”.
No entanto a revista ressalta que, embora a decisão de Dan Price tenha tido muita publicidade, os especialistas questionam se a mudança será prática a longo prazo.
Meter licença de paternidade
Além de doar as ações, Mark Zuckerberg também foi motivo de notícia por ter decidido tirar dois meses de licença de paternidade para assinalar o nascimento da filha, em dezembro último. Esta decisão faz parte de uma tendência na área da tecnologia: de instituir uma política de maternidade e de paternidade com melhor remuneração para atrair e manter talento. O Facebook proporciona aos seus trabalhadores até quatro meses de licença remunerada.
Criação da Alphabet
A Google, liderada pelo CEO Sundar Pichai, reorganizou-se para criar a Alphabet, e transformou os restantes negócios em subsidiárias. “Esta é uma maneira inteligente de tornar todos os negócios não relacionados transparentes sem perder o controlo sobre a forma como os recursos são alocados”, diz Vacit Arat, CEO e fundador da PeeqSee.
Pagar a faculdade dos filhos dos funcionários
O CEO da start up tecnológica Boxed, Huang Chieh, surpreendeu tudo e todos com a recente decisão de pagar as mensalidades da faculdade dos filhos de cada um dos membros da sua empresa. Nos EUA, um dos muitos encargos que os pais enfrentam é as propinas da universidade, o que se torna numa preocupação. Pelo que foi uma decisão digna de mérito.
14-01-2016