A inovação na Procter & Gamble (P&G), é vista sob o ponto de vista do consumidor e segundo a sua apreciação.
A inovação é basicamente composta por todos envolvidos, como a brand, o produto, o seu design, funcionalidades e caraterísticas, modelo de negócio, introdução no mercado e rede de abastecimento, num cruzar de conhecimentos que origine melhores produtos a preços mais baixos.
Para a concretização é fundamental o que a P&G chama de processo de análise da inovação. Este varia consoante o tipo de produto, indústria e empresa associada, mas existem pontos comuns. É importante que os parceiros e todos os envolvidos no processo estejam presentes, como o CEO, o diretor de negócio, de R&D, design, estudo do consumidor, da equipa de inovação e dos investigadores.
- Associar os objetivos e estratégia do negócio aos da inovação.
- Tendo definido o que se pretende crescer em termos de negócio, averigua-se se há inovação e produtos suficientes para atingir os objetivos de crescimento traçados e analisa-se a concorrência.
- Define-se o que é necessário fazer para que o novo produto chegue ao consumidor e quanto tempo demorará.
- Analisam-se 5 a 10 cartazes publicitários e 3 a 5 guiões de publicidade e com eles focam-se os pontos-chave:
- Temos uma ideia?
- Temos uma tecnologia?
- Temos um protótipo?
- Temos avaliações dos consumidores-alvo?
Deste modo conseguem concluir quais as suposições fundamentais que, estando validadas garantem o sucesso do produto e se tal não acontecer levam a que seja um erro e a inovação tenha de ser abandonada.
No final da reunião verificam se têm ideias com garantias de sucesso suficientes para atingirem a cota de mercado que pretendem nesse ano.
- Existe alinhamento com a estratégia?
- Estão identificados os aspetos fundamentais e estes estão a ser tratados?
- Existem suficientes recursos humanos e financeiros?
- O que foi anteriormente definido para ser executado foi-o realmente?
Se o líder não estiver realmente envolvido, se o CEO não for também CIO a inovação não acontece. É preciso ter uma mente aberta, relacionar as coisas e trabalhar em grupo para se conseguir criar uma cultura de inovação numa empresa." -- A. G. Lafley
- Conhecer realmente o cliente, quem são os seus melhores clientes e quais as suas necessidades;
- Unir a equipa e definir uma estratégia e objetivos simples com algumas escolhas sobre o que fazer e não fazer;
- Implementar um processo simples de reunir as ideias, transformá-las em conceitos e protótipos e mostrá-los ao cliente e ir daí para frente melhorando-o e qualifica-lo para venda.
Alan G. (AG) Lafley, considerado o impulsionador da inovação enquanto Presidente do Conselho de Administração e CEO da Procter & Gamble entre 2000 e 2009, sendo diretor desta desde 2002, voltou a assumir a sua liderança em 2013. Lafley graduou-se no Hamilton College e fez um MBA na Universidade de Harvard, após o qual entrou para a Procter & Gamble. AG Lafley oi nomeado vice-presidente do grupo em 1992, vice-presidente executivo em 1995 e, em 1999, presidente da área de beleza e da América do Norte. Serviu como diretor executivo entre 2000 e 2009 e como presidente do conselho de administração desde 2002 até à sua aposentação em 2009. Atualmente é partner da Clayton, Dubilier e Rice, uma empresa de investimento de capital privado, e presidente do conselho de administração da Faculdade de Hamilton. Lafley foi ainda diretor da Dell Inc. nos últimos cinco anos. Este reassumiu recentemente a liderança da Procter & Gamble.