É um líder ou um seguidor? Siga estes 4 passos até ao topo da montanha!

É um líder ou um seguidor? Siga estes 4 passos até ao topo da montanha!
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A inovação e a liderança andam de mãos dadas. Sem inovação a organização estagna. E sem uma forte liderança a inovação definha. Esta correlação está retratada de forma magistral numa frase de Steve Jobs: “a inovação distingue o líder do seguidor”. 

Os quatro princípios de inovação que se seguem – e que todos os líderes (ou aspirantes a) precisam de saber para assegurarem o seu sucesso contínuo e o das suas organizações – resultam da experiência de Tor Constantino (ex-jornalista, Relações Públicas, orador, autor de “Media Relations: Insider Insight from an Ex-Journalist”) com o primeiro produto que desenvolveu, há cerca de 30 anos.

1. Inspiração
No primeiro produto que Tor Constantino inventou – um elástico para transportar diferentes tipos de equipamento desportivo – a inspiração surgiu quando ainda andava na escola secundária. Estava na fila para comprar o bilhete para o elevador de esqui na estância local e, quando chegou ao balcão e abriu de forma desastrada a carteira para pagar, deixou cair os esquis e bastões. Na altura não tinha dinheiro para um saco caro ou qualquer outra opção de transporte. E também não queria pagar o cacifo para guardar as suas coisas enquanto esquiava. Pelo que precisava de uma solução durável e portátil onde pudesse levar o material que, quando não estivesse em uso, coubesse facilmente e com segurança no bolso do casaco. A inspiração para a invenção foi frustrante, refere. Mas adianta que a extrema dificuldade é um ótimo ponto de partida em direção à inovação.

2. Identificação
Na altura, enquanto adolescente, não tinha os recursos ou conhecimento para montar uma equipa e fazer um brainstorming no sentido de debater uma solução para o seu problema. Tinha de confiar na sua capacidade de observação e resolução. Certo dia viu um jogador de lacrosse de outra escola a carregar o bastão em cima do saco de desporto com uma das alças enrolada e presa por dentro da outra, mantendo-o no lugar. Percebeu então que o seu problema para transportar equipamento de esqui poderia ser resolvido com uma espécie de laçada/tira de elástico que fazia a vez das alças do saco de desporto, sem o saco. A solução que visualizou não tinha fivelas de plástico para partir, fechos que deixam de funcionar nem outro tipo de material problemático. O conceito era simples, elegante e óbvio, mas só porque estava atento e condicionado para procurar uma solução para o problema.

3. Execução
Apesar de saber o que queria e de ter desenhado um protótipo funcional em poucos dias, foi preciso fazer muita pesquisa e demorou bastante tempo a transformar a ideia num negócio. Isto passou-se antes do boom da internet, e Tor passava horas na biblioteca da faculdade local a queimar as pestanas com tudo o que dizia respeito a direitos de propriedade intelectual, marketing, distribuição e retalho, produção, pesquisa demográfica, seguro, design de embalagens e uma série de outras considerações necessárias para quem está à frente de um negócio.

Aos 20 e poucos anos tinha 5 mil unidades produzidas. Só que o retalho não estava interessado no artigo, por o preço ser tão baixo – menos de 10 dólares – e o jovem empreendedor tinha apenas aquele produto para apresentar nas negociações. Além de que alguns responsáveis de loja tinham-lhe dito que não gostavam da durabilidade do artigo, porque o cliente que o comprasse só teria de o substituir passados muitos anos. Escusado será dizer que tinha pesquisado demais no que diz respeito à obsolescência programada…

Nos anos que se seguiram conseguiu escoar a maior parte do inventário via catálogos, com a exposição do produto em estâncias de esqui ou através da venda direta em universidades e festivais. Largou o negócio quando a seguradora deixou de fornecer o seguro de responsabilidade civil de que precisava. Não obstante, considera que foi uma experiência tremenda de empreendedorismo, e que o levou a fazer um MBA e a tornar-se empresário.

4. Repetição
Ao longo do tempo Tor Constantino teve vários negócios em simultâneo. Alguns de sucesso, outros nem tanto, mas todos seguiram a sua fórmula de inspiração, identificação e execução. Considera ainda que a repetição consistente deste modelo tem sido outro fator-chave no seu desenvolvimento enquanto líder, empreendedor e inovador.

A inovação pode ocorrer em qualquer lugar. Como tal, para o bem do líder e da organização, é importante que este esteja alerta a ideias de inovação no sentido de não deixar passar a(s) oportunidade(s). 

11-12-2018

Fonte: Entrepreneur