O futuro das redes sociais está apenas a começar e a sua evolução já se faz a uma velocidade vertiginosa, pelo que é necessário marcar presença para que não fique de fora desde novo ecossistema social e profissional que está a dar origem a novas formas de inter-relacionamento e comunicação aberta que tem vindo a juntar-se às que já existiam.
Mas esta presença não pode ser feita de qualquer forma. É preciso perceber o que cada rede social oferece e como retirar o melhor de cada uma delas, assumindo que o posicionamento não será o mesmo e que a informação que partilhar e a forma como o irá fazer também não será a mesma.
De entre todas as existentes, a minha preferida é o Linkedin. Penso que este criou um novo paradigma no estabelecer de relações profissionais e estar em contacto com pessoas com quem pode partilhar informação de relevo, trocar experiências e conhecimentos ou simplesmente estar em contacto e estabelecer novas formas de fazer negócio.
Acredito sinceramente que há um antes e um depois do Linkedin na construção de vínculos profissionais a qualquer nível. A internet é uma realidade e os líderes do futuro terão de estar presentes para perceber este mercado cada vez mais complexo, onde todos se interconectam e confrontam.
Ao não estar presente no mercado de forma ativa, fazendo uso de todas as ferramentas possíveis, onde o Linkedin é sem qualquer dúvida uma delas, pode levar os líderes e os profissionais empresariais a tomarem decisões ineficazes, que produzirão um menor desempenho profissional ou mesmo coloca-los fora de jogo.
A realidade económica com que vivemos ao longo destes últimos anos tem feito com que as empresas tenham de fazer cada vez mais com menos, reinventarem-se na forma como comunicam com os clientes, sócios, colaboradores, entre outros, surgindo o Linkedin como um meio muito prático e direto de estar ligado a quem realmente lhe interessa por um ou outro motivo.
Uma das principais funções dos líderes empresariais é conceber uma visão e fazer crescer as organizações de forma efetiva, focando parte das suas energias na descoberta de novos pontos de vista, integrando de forma otimizada toda a informação de relevo e influenciando adequadamente as pessoas. Neste sentido, considero que a internet, e em especial o Linkedin em termos profissionais, jogam aqui um papel decisivo.
Para que as empresas avancem neste processo, também se requer que os seus líderes façam mudanças específicas num ou em vários pontos na forma como se movimentam, se envolver no mercado e se relacionam com os seus clientes, abordando novos temas e oferecendo novos serviços, desenvolvendo novas técnicas, capacidades, soluções e alterando processos que se revelaram ineficazes.
Um CEO não deve assustar-se com os novos desafios que se pensa que a presença na internet traz e muito menos ter receio do desafio que envolve.
Todos temos medos e a única diferença que existe reside na forma como os gerimos. O importante é enfrentá-los sem indecisões e com uma estratégia clara do que realmente pretendemos fazer. O Linkedin é mais uma possibilidade a rentabilizar da melhor forma, mas que exige que tenha uma estratégia clara, sem indecisões e que assuma claramente esse novo desafio.
Com o crescente evoluir das novas tecnologias e as mudanças nos hábitos sociais, os líderes empresariais devem estar totalmente alerta e predispostos a este novo cenário, que também contribui para o despertar da criatividade, para impulsionar a inovação e para garantir a sustentabilidade.
O estar em contacto faz com que entremos numa viagem contínua, numa evolução permanente, melhor adaptados aos desafios constantes que o mercado, a economia, os clientes, a sociedade, entre outros, nos colocam a todo o momento. Estamos na era da constante evolução tecnológica e da transformação na forma como comunicamos e contactamos com os demais.
O CEO tem o papel de enfrentar estes novos desafios com responsabilidade e com a responsabilidade por encontrar soluções para os novos desafios que se colocam. Não se trata de uma trabalho individual mas sim de ligar pontos, experiencias e conhecimentos que aparentemente, poderiam estar dispersos, ou simplesmente aceder-lhes de uma outra forma.
Como encontrar soluções? Como acedermos ao mercado? Como estar mais próximo do nossos clientes? Como trabalhar com os outros?
Estas são algumas das questões que um CEO se coloca permanentemente. A empresa evolui em função da gestão eficiente de todas estas conexões, cresce no seu negócio, inova, cria valor e adapta-se melhor às novas regras do mercado.
É difícil ter um papel relevante no mundo caso não façamos primeiro o exercício de compreender a natureza e o meio em que nos desenvolvemos.
Para criar valor é muito importantes investir continuamente em novas capacidades e a internet, no geral, e o Linkedin, em particular, é uma alternativa clara e evidente. Compreender isto significa estar presente de forma ativa. Não o fazer é ficar de fora de um movimento que avança a uma velocidade vertiginosa.
A internet potencia a curiosidade e com ela a criatividade e a inovação.
À medida que a globalização ultrapassa as fronteiras geográficas e as barreiras do mercado, a capacidade de uma empresa em fazer frente a este novo cenário potencia notavelmente a inovação. De facto, a inovação converteu-se num motor fundamental ao crescimento, sustentabilidade e enriquecimento. Poder-se-ão derrubar estas barreiras sem marcar presença na internet? Penso que será muito difícil fazê-lo.
É certo que muitos executivos desistem perante estes novos desafios mas, como dizia à pouco, é preciso não se deixar assustar, compreender a mudança que se está a operar e definir uma estratégia clara.
Alguém me perguntava uma vez sobre quais eram as melhores práticas que um CEO deve seguir para marcar presença na internet. Não há uma forma única de o fazer corretamente. Do que tenho a certeza é de que é preciso ter uma estratégia sem a qual não chegará a lado algum. Não se trata de estar por estar. Trata-se de estar presente com um dado objetivo e integrar a presença no Linkedin na agenda da gestão estratégica dos líderes de topo, coisa que muito poucas empresas fizeram até agora.
A presença no Linkedin e o uso efetivo de determinadas redes sociais favorece não só a inovação e o estar melhor preparado para as exigências do mercado, como também exerce uma influência muito positiva na aproximação ao talento que existe dentro e fora da organização.
Estar próximo do talento, tendo a inovação como motor do crescimento, assim como liderar e gerir de forma eficaz, é igualmente influenciado pelo grau de posicionamento que tenha ou não em determinadas redes sociais. Não imagino empresas nem executivos que falem sobre a globalidade e que não estejam presentes no Linkedin, Twitter ou outras redes sociais.
A forma como os líderes comunicam e se posicionam nestas redes envia uma mensagem clara aos mercados, aos clientes, fornecedores e colaboradores. Ter um comportamento inovador é muito importante e há muitos executivos de topo que não fomentam ativamente este novo modelo de comportamento simplesmente porque consideram que não gera nenhum impacto no seu desempenho ou no da sua empresa. O apego à forma de gerir e comunicar tradicionais, na minha opinião, afasta-nos hoje de uma nova realidade. Novas ideias, novos desafios, novas formas de comunicar, de estar presente, potenciam um ciclo de inovação pessoal e profissional muito interessante.
Mas desenvolver redes eficazes é uma arte e uma ciência que se traduz numa melhoria da colaboração e do desempenho. As empresas cujos executivos de topo estão presentes em determinadas redes, sentem uma maior confiança nas suas decisões e nos seus objetivos para o mercado.
Um grupo de liderança maior e com uma mentalidade aberta e positiva é uma caraterística diferenciadora e geradora de unidade e maior rendimento.
É provável que a sua organização conte com algumas pessoas que sentem paixão por estes canais de comunicação e outras que se sentem incomodadas com qualquer tema relacionado com a mudança.
Uma vez que as novas ideias parecem estimular o surgimento de mais ideias novas, as redes são geradoras de um ciclo de inovação. Para além disso, as redes eficazes permitem que pessoas com diferentes tipos de conhecimentos e experiências abordem melhor os problemas e potenciem as ideias que vão sendo lançadas.
Manuel Hernández Arenes é licenciado em economia pela Universidade Carlos III de Madrid, tendo um mestrado em Direção comercial e Marketing pela ESIC Business School. É atualmente Managing Director na Leadership Business Consulting, responsável pelo mercado de Espanha. Desepenhou anterioremente diversos cargos executivos em empresas multinacionais, como na Otto&Company, Hewlett Packard, Xerox, Grupo Idea (Iberdrola Company) e First Data.